quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Jogos de relação: falar o que não pensa, expressar o que não sente, fazer o que não quer

Vivemos na era da informação, dos multimeios e, por mais incrível que pareça, nunca tivemos uma situação tão caótica na comunicação interpessoal! Relacionamentos péssimos ,silêncio doloroso entre pais e filhos, clima pesado entre alunos e professores. Todos nós desajeitados, ora inibidos, ora camuflados  na maior parte do tempo. A verdade agoniza, fazendo vítimas entre os ingênuos e inocentes. A civilização atual é antes de tudo, egoísta, vaidosa, indiferente: tudo para mim e danem-se os outros!
Hoje a maior relação se resume no ser humano e sua tela de computador, seu círculo social resume-se ao
Orkut e Facebook, onde o exibicionismo, as fofocas, a falta de privacidade e as imaturidades virtuais roubam o tempo e as verdadeiras emoções e sensações do bom e velho encontro tete-a-tete.
Onde está a verdade? E a humildade? E a simplicidade? Cadê o olho no olho e a sabedoria de dizer "errei", "não sei", "não posso", "não quero", "perdão"?!? Que capacidade é essa de complicar o simples, de iludir e prejudicar? Pois bem, neste mundo ilusório de dependência psicológica e afetiva, de ciúmes loucos, de inseguranças afetivas , de baladas regadas a bebidas, sexo e rokc and roll, nunca fomos tão frágeis, angustiados, carentes, inseguros.
Quanto mais corpo sarado, roupa de grife, tatuagens e brincos maior a baixa autoestima, menos a paz de espírito. Por isso, deixo uma máxima da sabedoria neurocientífica: energia mental se condensa em três funções básicas: intelectual, que é a força do pensar; afetiva, que é a força do sentir; volitiva, que é a força do agir.
Assim, as pessoas mais nobres e evoluídas são aquelas que, na maior parte do tempo, falam o que pensam, expressam o que sentem e fazem o que desejam! Enquanto isso, a nossa respeitável sociedade nos adestra cinicamente como macaquinhos de circo para falar o que não pensamos, expressar o que não sentimos e fazermos o que não desejamos.

Um comentário:

  1. Recebi este texto por e-mail , achei mto interessante, pena não ter o nome completo de quem escreveu.

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